Hiperpigmentação
Qualquer que seja o tipo de pele, alguns factores podem desencadear ou favorecer uma sensibilidade excessiva: a pele reage frequentemente onde não gostaríamos que se manifestasse nunca...no rosto.

Excesso de pigmento?
O aspecto mais ou menos escuro da pele é fornecido pela quantidade e pela distribuição da melanina nas camadas cutâneas superficiais. Existe um grau de pigmentação « natural » regulado geneticamente, ao qual se adiciona o bronzeado (hiperpigmentação provocada pela exposição solar) e os distúrbios de pigmentação (excesso – hiperpigmentação ; défice –hipopigmentação). De acordo com a extensão, os distúrbios de pigmentação são geralmente designados por difusos ou localizados.
Designamos por « hiperpigmentação » um conjunto variado de distúrbios de pigmentação. A pele hiperpigmentada pode ser devida a quantidades excessivas de melanina nas camadas superficiais da pele. Mas, é também a repartição anormal da melanina que faz aparecer aquilo a que, vulgarmente, chamamos por manchas de pigmentação.
Pela sua aparência muitas vezes inestética, as hiperpigmentações são um motivo frequente de consulta ao dermatologista sobretudo se afectarem as zonas não-cobertas (rosto). Antes do tratamento, é essencial estabelecer a origem precisa de uma mancha de pigmentação.
Melasma, afecção pigmentar visível
O melasma, também conhecido por « máscara da gravidez », é uma hipermelanose adquirida, geralmente simétrica das zonas foto-expostas (sobretudo o rosto, mas também os braços e o pescoço). Por outro lado, a exposição solar é um factor importante de agravamento do melasma. O aparecimento do melasma está directamente relacionado com as variações hormonais que se produzem com a toma de contraceptivos orais ou durante a gravidez mas possuem também uma predisposição genética particular. Certas populações e pessoas com a pele escura (fotótipo IV ou superior) são mais afectadas do que as pessoas com fotótipo claro.
Lentigos: envelhecimento, mas sobretudo exposição solar
Todos conhecemos as pequenas manchas castanhas que surgem com a idade, no rosto, no pescoço e nas mãos. Estas “manchas de velhice”, também designadas por lentigos solares, são a consequência directa da exposição solar e um dos primeiros sinais do (foto)envelhecimento da pele. Os primeiros lentigos surgem habitualmente por volta dos quarenta anos e são mais usuais nas pessoas com pele clara. Embora não sejam perigosos para a pele, é conveniente vigiá-los e protegê-los da exposição solar para evitar que se transformem em lesões cancerígenas.
Outrora, era considerado um fenómeno inevitável associado à idade mas, actualmente, é possível aclarar estas hiperpigmentações através de vários procedimentos dermatológicos. A presença destas manchas não se coaduna com o ideal de beleza que procura uma tez uniforme e lisa, pelo que a solicitação terapêutica é grande.